da assessoria de imprensa da Prefeitura de Indaiatuba
O prefeito Reinaldo Nogueira (PMDB), presidente do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Consórcio PCJ), realizou quarta-feira (8/5), no auditório do Centro de Conhecimento da Água, em Campinas, a abertura do “37º Encontro do Grupo Regional de Perdas Hídricas”, que reuniu cerca de 100 técnicos e diretores ligados a área de saneamento, visando a troca de experiências e informações sobe o combate ao desperdício de água nas Bacias PCJ.
No mesmo encontro foi lançado o “Projeto Regional de Dimensionamento de Macromedidores”, para os 62 municípios das Bacias PCJ, em parceria com a Câmara Técnica de Saneamento dos Comitês PCJ, financiado pela Cobrança pelo Uso dos Recursos Hídricos, e que tem por objetivo estabelecer um índice regional de perdas hídricas. Atualmente, cada município utiliza uma metodologia para cálculo de perdas.
De acordo com a assessoria de Imprensa do Consórcio PCJ, o Projeto, nessa escala, com tantos municípios envolvidos, é inovador na realidade brasileira. “O combate às perdas hídricas é a uma das alternativas à ampliação da oferta de água nas Bacias PCJ, já que a região possui média aproximada de 37% de perdas nos serviços de abastecimento, com meta de redução para índices na ordem de 25% em 2020, com necessidade de investimentos próximos a R$ 1 bilhão”.
Ainda de acordo com assessoria de Imprensa do Consórcio PCJ, o prefeito Reinaldo Nogueira destacou a importância das discussões e dos projetos regionais de combate às perdas, que desde 1989, ano da fundação do Consórcio, caíram de 51% para 37% na região das bacias PCJ.
Reinaldo destacou a importância da interação das ações das prefeituras das bacias PCJ, e a necessidade de união, “para dar força e velocidade na conquista de recursos financeiros”. “Obteremos resultados positivos se aplicarmos tecnologias e experiências avançadas no combate às perdas de água já disponíveis, beneficiando principalmente os municípios mais carentes”, enfatizou o presidente do Consórcio PCJ.
O índice de perdas é um importante indicativo da eficiência operacional das companhias de saneamento e muito importante como parâmetro para liberação de financiamentos. O Banco Mundial, assim como outros bancos internacionais, e o Plano Nacional de Combate ao Desperdício de Água (PNDCA), indicam que as companhias de água no Brasil devam ter como meta o índice de 20% a 25% de controle de perdas d’água, informa a assessoria de Imprensa do Consórcio PCJ.
O Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgotos) de Indaiatuba esteve representado pelo superintendente da autarquia, engenheiro agrônomo Nilson Alcides Gaspar, que fez ampla abordagem sobre as ações inovadoras realizadas no Combate às Perdas de Água na cidade e sobre os grandes investimentos realizados para ampliação da oferta de água. “O sistema de captação e tratamento de água de Indaiatuba está conseguindo absorver toda a demanda do crescimento do município, um dos que mais cresce no País,” destacou Gaspar.
O Saae indaiatubano irá receber R$ 1,3 milhão do Programa Reágua, como prêmio por ter reduzido as perdas de água de 370 Litros/ligação/dia para 334 Litros/ligação/dia. “Em nossa primeira verificação de resultados superamos a meta definida no contrato com o Reágua, que era reduzir as perdas para 351 Litros/ligação/dia”, comemorou o superintendente do SAAE.
O valor do contrato firmado entre a autarquia indaiatubana e o Programa Reágua, para o Controle e Redução de Perdas, é de R$ 10,9 milhões, e prevê a redução das perdas atuais para 276 Litros/ligação/dia, em quatro anos.
Lina Cabral Adani, gerente de Controle de Qualidade de Perdas e Sistemas, da Sanasa-Campinas, abordou os resultados e desafios na gestão das perdas hídricas. “A Sanasa mantém há 18 anos um programa de combate às perdas de água, onde todas as ações são monitoradas. Como tudo é documentado oficialmente, somos referência para os outros municípios”, esclareceu Lina Cabral.
Marco Cesar Sinico e Bruno Bernini, da Foz do Brasil, de Limeira, abordaram a questão da “hidrometração”, no combate às fraudes. “Possuímos um dispositivo antifraudes que reduziu o índice que era de 50% em 2007, para 12% nos números atuais”, esclareceu Bernini.
O assessor da diretoria metropolitana da Sabesp e vice-presidente do Programa de Proteção aos Mananciais do Consórcio PCJ, Hélio Rubens Figueiredo, elogiou a criação do “Projeto Regional de Dimensionamento de Macromedidores”. “A Sabesp tem duas diretorias na região das bacias PCJ, e iremos participar ativamente dessa troca de experiências, para a região avançar na solução dos problemas de preservação dos recursos hídricos”, afirmou Figueiredo.
“O Consórcio PCJ mantém há 15 anos o Grupo Regional de Perdas Hídricas, que se reúne periodicamente para discussão de estratégias e troca de experiências. Por essa razão, a implementação efetiva de um índice regional de perdas é importante para o planejamento e elaboração de estratégias no combate às perdas hídricas”, informa Alexandre Vilella, gerente técnico do Consórcio PCJ,
As perdas hídricas configuram-se como a água que é desperdiçada desde a captação até o consumo final. Fazem parte desse cálculo também as perdas financeiras, como medições de consumo subestimadas, entre outros custos do processo de tratamento.
“Uma boa gestão desse índice de perdas pode contribuir para a ampliação da oferta hídrica e postergação de investimentos”, destaca Vilella.