O Decreto Municipal 11.427, de 23 de julho, dispõe sobre interdição de imóveis localizados nos números 742 e 754, da rua Siqueira Campos. Segundo o documento, os imóveis encontram-se em situação de risco, podendo sofrer desmoronamento, conforme vistoria realizada pela Secretaria Municipal de Engenharia, juntamente com a coordenadoria de Defesa Civil e o Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgotos de Indaiatuba). Equipe da Prefeitura formada pelas Secretarias de Engenharia e Planejamento Urbano, da Defesa e Cidadania, Defesa Civil, Saae, Família e do Bem Estar Social e Governo, estiveram no local na terça-feira (24) e fizeram a interdição dos dois imóveis. O decreto dá até 10 dias para desocupação a partir desta terça.
Todos os interessados foram notificados e tomaram ciência da decisão Prefeitura que deixou claro, os riscos dos imóveis. A autarquia também já contratou um perito para avaliação aprofundada do caso.
A Prefeitura dará apoio com transporte para novo local e com ressarcimentos pelos transtornos ocasionados. Os inquilinos (comerciais e residenciais) estão em busca de alternativas, entre elas seguir para casa de parentes ou alugar novo imóvel com valores compatíveis com o atual. O Saae se compromete com o ressarcimento se necessário, para isso será aberto um procedimento administrativo para que tudo seja feito dentro da legalidade.
No imóvel nº. 754 está uma empresa de letreiros e comunicação visual e no nº. 748 há um armarinho. Nos fundos do nº. 748, em uma área vivem um casal e em outra parte, há um apartamento, com dois moradores. Todos foram cientificados e imediatamente começaram a tomar providências para mudança.
Histórico
Conforme o engenheiro Carlos Andrade do Departamento de Obras do Saae, a autarquia foi acionada pelos moradores, em 4 de junho, porque os imóveis apresentavam rachaduras. A partir disso foi aberto um processo administrativo. Andrade explica que existiu um vazamento em uma rede de distribuição de água que não aflorou.
Os imóveis estão localizados em terrenos com declive e receberam a umidade. Com isso os prédios foram descalçados já que são construções antigas e não possuem baldrames e vigas.
A primeira ação do Saae no local foi realização do calçamento do imóvel com escoras metálicas e neste período promoveu-se estudos aprofundados do local. Enquanto se avaliava a estabilização do terreno, um especialista em reforço de fundação foi contactado.
Como os imóveis não estabilizaram e novas trincas apareceram, mediante parceria da autarquia com a Secretaria de Engenharia e Planejamento Urbano, realizou-se relatório técnico de vistoria que foi concluído em 19 de julho.
Durante a vistoria foram encontradas várias trincas, fissuras, rachaduras, recalques de parte do piso e deslocamentos em parte da alvenaria existente”. Os imóveis citados pelo decreto são construções antigas e a infiltração em um porão de uma casa causou danos no outro.
Os imóveis vistoriados foram interditados para que sejam feitas as manutenções para estabilizar e reparar os danos encontrados.