da assessoria de imprensa da Prefeitura de Indaiatuba
O Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgotos) foi o único serviço de água e esgotos das 43 cidades do Consórcio Intermunicipal dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) a ser contemplado com verbas do PRODES (Programa Despoluição de Bacias Hidrográficas), da Agência Nacional de Águas (ANA).
A autarquia indaiatubana irá receber R$ 18 milhões, a fundo perdido (sem necessidade de reembolso), que serão investidos na adequação e ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto Mário Araldo Candello, localizada no Distrito Industrial Vitória Rossi Martini. O contrato deverá ser assinado ainda este ano. O investimento previsto, para a totalidade das obras, é R$ 67.172.689,50.
“Infelizmente, desde sua inauguração, em 2010, a unidade vem apresentando problemas para receber e tratar todo o esgoto da cidade”, esclarece o superintendente do Saae, engenheiro agrônomo Nilson Alcides Gaspar. “As obras são necessárias para que Indaiatuba possa tratar 100% do esgoto gerado na cidade, com eficiência, e de acordo com o que determina a legislação ambiental”.
O prefeito Reinaldo Nogueira (PMDB) manifestou satisfação com a boa pontuação obtida pelo Saae (34,5), a quinta melhor, entre os 27 municípios selecionados.
“Verbas federais e estaduais existem, mas é preciso projetos, competência e estar gabaritado para recebê-las. Esse é o caso do Saae, de Indaiatuba, quem tem conquistado milhões de reais para o saneamento básico, condição para que uma cidade se desenvolva com sustentabilidade”, avalia Reinaldo.
OBRAS
A adequação e ampliação da ETE Mário Araldo Candello será realizada pelo processo de Lodos Ativados por ar difuso, complementar ao processo de tratamento terciário com membranas, câmara de contato e desinfecção, compreendendo:
- Tratamento preliminar através de peneiras do tipo esteira, controladas por calha Parshall, e caixas de areia do tipo de tanques quadrados;
- Tratamento biológico aeróbio através de lodo ativado por aeração prolongada com nitrificação e desnitrificação simultânea, semelhante ao existente na ETE. O sistema existente será usado para atender um terço da carga afluente à ETE. Para os outros dois terços da carga seria implantado um novo sistema, utilizando como tanques de aeração as duas atuais lagoas de lodo existentes, e sem uso, e duas novas lagoas conforme necessidade. Os decantadores secundários do novo sistema serão implantados separados das lagoas de aeração. A recirculação de lodo e o descarte do excesso de lodo ativado serão feitos por recalque;
- Desinfecção por cloração com hipoclorito de sódio (tratamento terciário);
- Pós-aeração com uso de sistema de ar difuso a ser feita na câmara de contato da desinfecção;
- Adensamento do lodo do sistema existente e do novo sistema de lodo ativado através de sistema único, através de tambores rotativos;
- Desaguamento do lodo por centrífugas do tipo “decanter”.
Capacidade futura: vazão máxima 1.323 L/s
Tratamento da Carga futura: 454 mg DBO5/L
Horizonte de Projeto: 2035.