da assessoria de imprensa da Prefeitura de Indaiatuba
O prefeito Reinaldo Nogueira (PMDB), e o superintendente do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgotos), engenheiro agrônomo Nilson Gaspar, inauguram quinta-feira, às 9h, o Sistema de Coleta e Reaproveitamento de Água de Lavagem dos Filtros e Decantadores da Estação de Tratamento de Água (ETA I), da Vila Avaí.
O novo sistema irá proporcionar a economia diária de 500 mil litros de água tratada (500 caixa d´água de mil litros), hoje utilizados na limpeza do lodo que se acumula nesses equipamentos, descartados nas galerias pluviais.
“Estaremos evitando o desperdício diário de um volume equivalente ao do reservatório elevado da ETA I, conhecido como taça”, exemplifica o superintendente do Saae. Para o prefeito Reinaldo Nogueira, outro grande benefício do novo sistema é o fim do assoreamento do Córrego do Barnabé. “O novo sistema é um investimento que preserva o meio ambiente, e permite a manutenção em bom estado de um dos principais e mais bonitos lagos do Parque Ecológico”, destaca Reinaldo.
“Ao evitar o desperdício, poupamos os mananciais, uma vez que menos água é captada. Futuramente, dando sequência ao Programa de Combate às Perdas de Água, iremos implantar o mesmo sistema nas ETAs III e V”, informa Gaspar.
“A Prefeitura de Indaiatuba e o Saae estão dando um grande exemplo de respeito ao meio ambiente, não só para nossa região, mas para todo o Brasil”, ressalta o prefeito Reinaldo Nogueira, que hoje ocupa o cargo de presidente do Consórcio das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Consórcio PCJ) .
“Nosso objetivo é levar esse sistema ao conhecimento de todos os municípios das Bacias PCJ e trabalhar para implantá-lo no maior número das cidades que integram o Consórcio”, enfatiza o prefeito indaiatubano.
COMO FUNCIONA
O Sistema que está sendo inaugurado é composto por tanque de equalização e decantação, com 15 metros de profundidade, por 10 metros de diâmetro, e por uma estação elevatória de descarte de lodo, com 10 metros de profundidade, por 3 metros de diâmetro.
A água proveniente da lavagem, e carregada de lodo, será captada, passará por uma prévia decantação, e já sem o lodo, será reencaminhada para a entrada da ETA I, onde passará por tratamento convencional.
O lodo sedimentado no fundo dos tanques será bombeado através de uma estação elevatória até a unidade de desidratação e, posteriormente, já desidratado e inerte será encaminhado ao aterro sanitário.
Diariamente são utilizados 400 mil litros de água tratada para a limpeza dos quatro filtros da ETA I e, mensalmente, 2.600 litros para a lavagem dos decantadores, resultando em uma média de 500 mil litros desperdiçados por dia.
A unidade de tratamento de lodo (Skid) desse Sistema, contendo diversos equipamentos interligados (centrífugas, bombas, painéis elétricos), recebe a água de lavagem, com teor médio de lodo de 2%.
O lodo é separado da água, que retorna para o tratamento convencional, e o lodo é despejado em caçambas e encaminhado ao aterro sanitário.
O valor do investimento é R$ 2 milhões, a maior parte (R$ 1,4 milhões), a fundo perdido (sem necessidade de reembolso), provenientes dos recursos da Cobrança Federal, arrecadada pelos Comitês das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (CBH-PCJ), repassados pelo Caixa Econômica Federal (CEF). O restante (R$ 600 mil) é contrapartida do Saae.
A obra atende exigências da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, para que as ETAs deixem de lançar água de lavagem e o lodo proveniente dessa operação nos cursos d’água.