Estudo indica redução da mortalidade infantil em Indaiatuba

6/9/2012 - Indaiatuba - SP

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Indaiatuba

 

Um levantamento feito pela Prefeitura de Indaiatuba por meio da Secretaria de Saúde indicou que o município registrou 20 casos de mortalidade infantil até o dia primeiro de agosto deste ano. O coeficiente é de 12,11 óbitos por mil nascidos vivos. As principais causas das mortes são septicemia, caracterizada por infecção generalizada (4), prematuridade (3) e imaturidade extrema (2). Outros óbitos ocorreram por decorrência de hipóxia intra uterina, bronquite aguda, insuficiência cardíaca, insuficiência respiratória, asfixia ao nascer, síndrome do desconforto respiratório e hérnia diafragmática. Alguns casos ainda estão em investigação e as causas básicas das mortes ainda não foram determinadas.
Nesta semana o Governo do Estado divulgou um balanço pela Secretaria de Estado da Saúde em parceria com a Fundação Seade, que apontou que o Estado de São Paulo atingiu o menor índice de mortalidade infantil de sua história. O índice do ano passado ficou em 11,5 óbitos de crianças menores de um ano de idade a cada 1.000 nascidas vivas no Estado.
Indaiatuba registrou em 2011 o total de 43 casos de mortalidade infantil com percentual de 15,4 mortes por mil nascidos vivos. Deste total, 27 óbitos foram atribuídos à prematuridade, sendo que aproximadamente 70% ocorreram por fatores sociais, como gestantes adolescentes que não fizeram o pré-natal e gestantes usuárias de drogas. A segunda principal causa de morte foi a cardiopatia congênita grave com associação de outras síndromes em sete crianças. As outras causas foram: síndrome de morte súbita do lactente (1), má formação cerebral (1), má formação pulmonar (1), agenesia renal (2), causa externa (2) e sepse (2).
O secretário de Saúde de Indaiatuba, José Roberto Stefani, afirma que tem acompanhado os casos de óbitos de crianças menores de um ano no município e a expectativa é que em 2012 a cidade alcance menores índices. “Ainda no ano passado adotamos medidas importantes como a reestruturação do atendimento materno-infantil na rede de atenção básica e a ampliação da UTI Neonatal no Haoc. Porém, é importante lembrar que o SUS possui uma rede de atendimento da qual dependemos. Infelizmente ainda não temos condições de oferecer todos os tratamentos e cirurgias para casos de alta complexidade, havendo, nesses casos, a necessidade de transferência para uma unidade de referência, feita por meio da Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross), da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo”, explicou.
Segundo ele recentemente um recém-nascido veio a óbito porque o município não conseguiu uma vaga em um dos hospitais de referência com a urgência necessária. “Era um caso de cardiopatia congênita, mas não conseguimos a transferência em tempo e o bebê veio a óbito. Nossos índices estão atrelados a essa rede, que nem sempre consegue dar vazão à demanda. Somente no ano passado tivemos sete óbitos decorrentes de cardiopatia congênita, o que elevou muito o total de mortalidade infantil do município”.
Ações
Por conta dos índices de mortalidade infantil em decorrência de cardiopatia congênita registrados no município em 2011, representantes do Departamento Nacional de Auditoria do SUS, vinculado ao Ministério da Saúde, estiveram em Indaiatuba no início do ano fazendo uma auditoria. O relatório final redigido após a avaliação, que considerou os aspectos relativos à regulação e aos recursos utilizados na assistência aos pacientes, concluiu que “de fato houve aumento dos índices de Mortalidade Infantil no Município de Indaiatuba no ano de 2011. Como há anos a Secretaria Municipal de Saúde, juntamente com o Haoc, controla esta evolução, as irregularidades foram identificadas e foram tomadas, ainda em 2011, algumas providências para resolucioná-las, tais como ampliação e reforma das instalações físicas da UTI Neonatal e incremento de recursos humanos. Com isso os índices de Mortalidade Infantil apresentaram melhora importante no início deste ano de 2012”.
Outras ações que a Secretaria de Saúde vem desenvolvendo desde o final de 2010 com o intuito de ampliar o acesso e melhorar a qualidade do pré-natal proporcionando, consequentemente, a redução da mortalidade infantil, são: reorganização do processo de trabalho no Ambulatório de Saúde da Mulher (UBS 7), que agora conta com dois médicos ginecologistas/obstetras que promovem atendimento integral e especializado às gestações de alto risco e a ampliação da oferta de exames essenciais para o acompanhamento do desenvolvimento do feto e que investigam malformações ou doenças congênitas, como a ultrassonografia obstétrica, a ultrassonografia obstétrica morfológica e a ultrassonografia obstétrica com doopler.
O município conta com outros programas que também colaboram para o atendimento adequado à gestante e puérpera e recém-nascidos, como os Programas de Saúde da Família, o Programa Nascer Bem, o Programa de Humanização do Pré-Natal e as ações preventivas desenvolvidas pelo Departamento de Vigilância Epidemiológica. A Secretaria de Saúde conta também com o Comitê de Mortalidade Infantil, que analisa as causas de óbitos objetivando evitar novas mortes pelo mesmo motivo.
Rede Cegonha
Com a implantação da Rede Cegonha Regional iniciado este ano o município passa a dispor de mais ferramentas essenciais para a atenção integral às gestantes, puerpérias e crianças com até os dois anos de idade. Trata-se de uma estratégia do Ministério da Saúde, operacionalizada pelo SUS, fundamentada nos princípios da humanização e assistência, a gestantes, recém-nascidos e crianças. Pelo programa Indaiatuba receberá anualmente R$ 527.702,40 divididos em parcelas mensais, que será investido complementação do valor da diária de UTI adulto obstétrica e dos quatro leitos de UTI neonatal do Haoc, que eram custeados exclusivamente pela Secretaria de Saúde.
Os testes rápidos de gravidez, que contribuem para o início precoce do pré-natal, já foram recebidos e dentro de um mês já estarão sendo utilizados nas unidades de saúde do município. Outro aspecto da rede é a implantação da Linha de Cuidado da Puérpera, que em Indaiatuba será iniciada na UBS (Unidade Básica de Saúde) do Parque Corolla, onde os profissionais já foram capacitados.

Um levantamento feito pela Prefeitura de Indaiatuba por meio da Secretaria de Saúde indicou que o município registrou 20 casos de mortalidade infantil até o dia primeiro de agosto deste ano. O coeficiente é de 12,11 óbitos por mil nascidos vivos. As principais causas das mortes são septicemia, caracterizada por infecção generalizada (4), prematuridade (3) e imaturidade extrema (2). Outros óbitos ocorreram por decorrência de hipóxia intra uterina, bronquite aguda, insuficiência cardíaca, insuficiência respiratória, asfixia ao nascer, síndrome do desconforto respiratório e hérnia diafragmática. Alguns casos ainda estão em investigação e as causas básicas das mortes ainda não foram determinadas.

Nesta semana o Governo do Estado divulgou um balanço pela Secretaria de Estado da Saúde em parceria com a Fundação Seade, que apontou que o Estado de São Paulo atingiu o menor índice de mortalidade infantil de sua história. O índice do ano passado ficou em 11,5 óbitos de crianças menores de um ano de idade a cada 1.000 nascidas vivas no Estado.

Indaiatuba registrou em 2011 o total de 43 casos de mortalidade infantil com percentual de 15,4 mortes por mil nascidos vivos. Deste total, 27 óbitos foram atribuídos à prematuridade, sendo que aproximadamente 70% ocorreram por fatores sociais, como gestantes adolescentes que não fizeram o pré-natal e gestantes usuárias de drogas. A segunda principal causa de morte foi a cardiopatia congênita grave com associação de outras síndromes em sete crianças. As outras causas foram: síndrome de morte súbita do lactente (1), má formação cerebral (1), má formação pulmonar (1), agenesia renal (2), causa externa (2) e sepse (2).

O secretário de Saúde de Indaiatuba, José Roberto Stefani, afirma que tem acompanhado os casos de óbitos de crianças menores de um ano no município e a expectativa é que em 2012 a cidade alcance menores índices. “Ainda no ano passado adotamos medidas importantes como a reestruturação do atendimento materno-infantil na rede de atenção básica e a ampliação da UTI Neonatal no Haoc. Porém, é importante lembrar que o SUS possui uma rede de atendimento da qual dependemos. Infelizmente ainda não temos condições de oferecer todos os tratamentos e cirurgias para casos de alta complexidade, havendo, nesses casos, a necessidade de transferência para uma unidade de referência, feita por meio da Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross), da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo”, explicou.

Segundo ele recentemente um recém-nascido veio a óbito porque o município não conseguiu uma vaga em um dos hospitais de referência com a urgência necessária. “Era um caso de cardiopatia congênita, mas não conseguimos a transferência em tempo e o bebê veio a óbito. Nossos índices estão atrelados a essa rede, que nem sempre consegue dar vazão à demanda. Somente no ano passado tivemos sete óbitos decorrentes de cardiopatia congênita, o que elevou muito o total de mortalidade infantil do município”.


Ações

Por conta dos índices de mortalidade infantil em decorrência de cardiopatia congênita registrados no município em 2011, representantes do Departamento Nacional de Auditoria do SUS, vinculado ao Ministério da Saúde, estiveram em Indaiatuba no início do ano fazendo uma auditoria. O relatório final redigido após a avaliação, que considerou os aspectos relativos à regulação e aos recursos utilizados na assistência aos pacientes, concluiu que “de fato houve aumento dos índices de Mortalidade Infantil no Município de Indaiatuba no ano de 2011. Como há anos a Secretaria Municipal de Saúde, juntamente com o Haoc, controla esta evolução, as irregularidades foram identificadas e foram tomadas, ainda em 2011, algumas providências para resolucioná-las, tais como ampliação e reforma das instalações físicas da UTI Neonatal e incremento de recursos humanos. Com isso os índices de Mortalidade Infantil apresentaram melhora importante no início deste ano de 2012”.


Outras ações que a Secretaria de Saúde vem desenvolvendo desde o final de 2010 com o intuito de ampliar o acesso e melhorar a qualidade do pré-natal proporcionando, consequentemente, a redução da mortalidade infantil, são: reorganização do processo de trabalho no Ambulatório de Saúde da Mulher (UBS 7), que agora conta com dois médicos ginecologistas/obstetras que promovem atendimento integral e especializado às gestações de alto risco e a ampliação da oferta de exames essenciais para o acompanhamento do desenvolvimento do feto e que investigam malformações ou doenças congênitas, como a ultrassonografia obstétrica, a ultrassonografia obstétrica morfológica e a ultrassonografia obstétrica com doopler.


O município conta com outros programas que também colaboram para o atendimento adequado à gestante e puérpera e recém-nascidos, como os Programas de Saúde da Família, o Programa Nascer Bem, o Programa de Humanização do Pré-Natal e as ações preventivas desenvolvidas pelo Departamento de Vigilância Epidemiológica. A Secretaria de Saúde conta também com o Comitê de Mortalidade Infantil, que analisa as causas de óbitos objetivando evitar novas mortes pelo mesmo motivo.


Rede Cegonha


Com a implantação da Rede Cegonha Regional iniciado este ano o município passa a dispor de mais ferramentas essenciais para a atenção integral às gestantes, puerpérias e crianças com até os dois anos de idade. Trata-se de uma estratégia do Ministério da Saúde, operacionalizada pelo SUS, fundamentada nos princípios da humanização e assistência, a gestantes, recém-nascidos e crianças. Pelo programa Indaiatuba receberá anualmente R$ 527.702,40 divididos em parcelas mensais, que será investido complementação do valor da diária de UTI adulto obstétrica e dos quatro leitos de UTI neonatal do Haoc, que eram custeados exclusivamente pela Secretaria de Saúde.


Os testes rápidos de gravidez, que contribuem para o início precoce do pré-natal, já foram recebidos e dentro de um mês já estarão sendo utilizados nas unidades de saúde do município. Outro aspecto da rede é a implantação da Linha de Cuidado da Puérpera, que em Indaiatuba será iniciada na UBS (Unidade Básica de Saúde) do Parque Corolla, onde os profissionais já foram capacitados.

 

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