Para 88% da população, corte dos gastos do governo é o caminho para equilibrar o orçamento

8/8/2016 - Indaiatuba - SP

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Indaiatuba

Pesquisa realizada pela Fiesp e pelo Ciesp revela também que 84% das pessoas não confiam que eventual aumento de impostos seja temporário

Agência Indusnet Fiesp/Ciesp

A pesquisa Percepção Sobre as Contas Públicas Brasileiras, encomendada pela Fiesp e pelo Ciesp à Ipsos Public Affairs, perguntou a 1.200 pessoas em todo o país o que o Governo Federal precisa fazer para equilibrar seu orçamento. A esmagadora maioria dos entrevistados (88%) respondeu que o melhor caminho é o corte de gastos. Não souberam responder 10% dos entrevistados, e apenas 2% deles acreditam no aumento de impostos como a melhor opção. “A população já entendeu há muito tempo que o caminho para tirar o país da crise não é aumentar e nem criar impostos”, afirma Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp. “Essa pesquisa carimba de vez que o ajuste fiscal tem que ser feito com o corte de despesas. Tributo não é a saída. Não há nenhum espaço para mais impostos.”

A pesquisa também fez a seguinte pergunta: Caso seja anunciado um aumento temporário de impostos, qual sua confiança de que este aumento não será permanente? A resposta de 84% das pessoas foi que não confiam que um aumento de impostos seria temporário. Apenas 5% afirmaram confiar. Os 11% restantes não souberam responder. “É claro que ninguém acredita em imposto temporário”, comenta Skaf. “Imposto vem e fica. A prova disso é que a carga tributária é cada vez mais alta. A arrecadação já está em quase R$ 2 trilhões por ano. Dois trilhões. Imposto é castigo e não solução.”

Em relação à redução de gastos, a grande maioria dos entrevistados mencionou, como primeira opção, alguma medida relacionada a cortes nos gastos com pessoal: juntas, tiveram 71% da preferência as alternativas de congelar os salários dos funcionários do Governo Federal (24%), reduzir a quantidade de funcionários em cargos comissionados (18%), não contratar novos funcionários no Governo Federal (11%), reduzir os auxílios e benefícios de funcionários públicos (10%) e reduzir as despesas com serviços de terceiros e material de consumo (8%).

Apenas 6% dos entrevistados indicaram o congelamento de novos investimentos em sua primeira opção de resposta, e 3% acreditam que o aumento da idade mínima para aposentadoria seja a melhor alternativa para a redução dos gastos públicos federais. Por fim, somaram 7% das preferências as opções relacionadas à redução de auxílios sociais, como diminuir o tamanho do Bolsa Família (3%), do programa Minha Casa Minha Vida (2%) e do financiamento estudantil Fies (2%).

O tamanho do rombo

Realizado entre os dias 2 e 13 de junho, o levantamento também indagou se as pessoas tinham conhecimento de que o Governo Federal gasta atualmente mais do que arrecada e se sabiam qual era o tamanho do déficit orçamentário causado por esta diferença.

A maior parte (78%) declarou ter conhecimento de que o Governo Federal gasta mais do que arrecada. A parcela dos que não tinham conhecimento foi de 15%, e 7% não souberam opinar ou não responderam a questão. Sobre o tamanho do déficit orçamentário do Governo Federal em 2016, 60% dos entrevistados disseram que já ouviram dizer que o “rombo” no orçamento é de R$ 170 bilhões, e 25% afirmaram não saber. Não souberam opinar ou não responderam 15%.

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