da assessoria de imprensa da CIESP
Em entrevista coletiva após reunião nesta terça-feira (5/7) com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, o presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf, disse que ao discutir infraestrutura, os empresários presentes defenderam que o modelo para concessão seja o de menor preço, com garantia de qualidade do serviço. “Somos contra a outorga onerosa”, afirmou. Segundo Skaf, a outorga onerosa faz “entrar uma bolada” nos cofres do governo, mas “quem paga o pato, durante décadas, é o usuário”.
Exemplo disso é o alto preço pago nos pedágios em estradas de São Paulo. Segundo Skaf, o ministro Dyogo Oliveira relatou que as concessões de estradas federais seguirão a modalidade de menor preço. “Defendemos esse modelo para todas as concessões”, disse Skaf. “É necessário que haja investimentos produtivos, nacionais e internacionais, concessões, PPPs [parcerias público-privadas]”, para destravar a economia.
Segundo Oliveira, a reunião “foi muito interessante”, com a discussão de temas de infraestrutura. No governo, disse, a infraestrutura é vista como um dos pontos principais, que podem colaborar para a retomada da economia. As concessões, segundo o ministro, não têm como objetivo a arrecadação. Com elas, o governo quer criar a infraestrutura necessária para o desenvolvimento do país. “O objetivo é ter projetos bem estruturados, para melhorar a infraestrutura.”
Não ao aumento de impostos
Skaf disse também na entrevista que sua posição é “radical contra o aumento de impostos”. Elevar a carga tributária, explicou, esfriaria ainda mais a economia. Há, explicou, várias formas de aumentar a arrecadação, além de espaço para cortar gastos do governo. “Em todo lugar que mexer vai conseguir cortar 10%, ou 20%. Seriam bilhões de reais a menos no déficit do orçamento.”
E, disse Skaf, acima de tudo, o governo tem que conseguir de volta a confiança perdida pela administração anterior, o que permitiria a retomada do crescimento.
O presidente da Fiesp e do Ciesp lembrou também que já há condição para a redução dos juros. “Não entendemos por que não começou ainda um ciclo de baixa.”