Indaiatuba investe no 'Aedes do bem'

7/10/2019 - Indaiatuba - SP

Resultados positivos da primeira fase do programa levam a Prefeitura a dar continuidade ao projeto

 

As caixas com os

Divulgação

As caixas com os "Aedes do bem" são colocadas em pontos de maior concentração, previamente identificados pelas equipes da Prefeitura

A liberação do mosquito “Aedes do Bem” está ocorrendo em diversos bairros de Indaiatuba com a finalidade de tentar reduzir as estatísticas de dengue, zika, febre amarela e chikungunya no município. 
A ação teve início este mês e integra a segunda fase do projeto, que já foi implementado no ano passado com sucesso em quatro bairros do município: Moarcyr Arruda, Jardim Morada do Sol, Cecap e Jardim Itamaracá. Nestas regiões, a Prefeitura informou que atingiu 96% de supressão das populações-alvo do mosquito.
O município de Indaiatuba registra muitos casos de dengue e já contabiliza 277 ocorrências confirmadas em 2019, sendo 266 contraídas no município (autóctones) e 11 importadas residentes. Em 2018, foram 16 casos confirmados — dos quais 13 autóctones e três importados residentes.
O método de combate ao mosquito selvagem é desenvolvido pela Oxitec do Brasil, que usa implantação de mosquitos machos transgênicos, geneticamente modificados, capazes de auxiliar na remoção dos transmissores das três doenças (dengue, zika e chikungunya).
O mosquito geneticamente modificado da Oxitec é macho, não pica e procura por fêmeas selvagens em áreas de difícil acesso, auxiliando nos métodos de controle convencionais.
A secretária de Saúde, Graziela Garcia, destaca que o Aedes macho cruza com as fêmeas selvagens e as larvas geradas por ela, indiferentemente do sexo, não chegam à fase adulta. Como consequência, a população da espécie na região diminui. A cada geração sucessiva, o número de machos geneticamente modificados diminui até seu completo desaparecimento no meio ambiente.
Graziela informou que a segunda fase de implantação do “Aedes do Bem” já estava programada. Para esta fase, a liberação dos mosquitos machos, que não picam, foi feita por meio da instalação de pequenas caixas de papelão contendo ovos e água que serão instaladas nos bairros. Delas, nascerão os mosquitos machos geneticamente modificados. Na liberação anterior, realizada no ano passado, os mosquitos já estavam na fase adulta.
Para que o teste funcione de acordo com o planejado é importante que os moradores não mexam nas caixas assim o mosquito poderá emergir e ajudar no combate.
Antes de colocar as caixas nos locais, as equipes de especialistas da Prefeitura realizam o monitoramento da população de mosquitos em 12 bairros de Indaiatuba, através da coleta de ovos depositados pelas fêmeas, para identificar as áreas com maior necessidade de implantação do método.
Os bairros alvos de estudo são: Jardim Pau Preto, Jardim Portal do Sol, Núcleo Habitacional Lucio Artoni-CDHU, Setor Industrial Recreio Campestre Joia, Vila Romana, Cidade Nova, Jardim Carlos Aldrovandi, Solar de Itamaracá, Jardim Bela Vista, Jardim Europa, Parque Residencial Indaia e Jardim Jequitibá.
Graziela informou que, mesmo com a eficiência do projeto, os moradores devem continuar fazendo sua parte para evitar a proliferação do mosquito.

Escrito por:

Gilson Rei

 

 
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